Notícia
A técnica evita perdas e impactos na distribuição de água para a população e garante qualidade da água
Os reservatórios de Governador Valadares estão recebendo uma limpeza especial. O trabalho é realizado por mergulhadores de uma empresa especializada em atividades subaquáticas contratados pela Águas de Valadares para executar o serviço, uma inovação que dispensa fechar as entradas e saídas de água ou esvaziar os tanques, evitando assim perdas e impactos na distribuição de água para a população.
Os trabalhos começaram ontem (23) pelas estações de tratamento de água (ETAs) Central e do Penha. Nesta quarta-feira (24) foram realizados no reservatório do Altinópolis e prosseguem até que todos recebam a manutenção. São, ao todo, 38 reservatórios na sede do município com capacidade que varia de dez mil a cinco milhões de litros.
Para o gerente de Operações da Águas de Valadares, Rodrigo Queiroz, um dos diferenciais do trabalho com mergulhadores é a agilidade. “Pelo método tradicional, precisaríamos de um dia para limpar um reservatório com mil metros cúbicos (um milhão de litros) – seria preciso esvaziá-lo, fazer a limpeza manual e aguardar a recuperação do nível. Com os mergulhadores, esse tempo vai de quatro a cinco horas”, exemplifica.
A ação da concessionária é preventiva, uma inovação que integra o Plano de 100 Dias da Águas de Valadares, visando melhorias no sistema de abastecimento e trazendo eficiência e segurança operacional.
“Com essa limpeza periódica, garantimos os parâmetros de potabilidade da água e segurança operacional. Mas é importante lembrar que assim como a concessionária faz essa limpeza nos reservatórios a cada seis meses, a população também precisa fazer nas caixas d’água de casa, mantendo-as bem fechadas”, explica.
Técnica garante eficiência, segurança dos mergulhadores e a qualidade da água
O trabalho é semelhante a limpeza de piscinas, com a aspiração do material sedimentado, que é dispensado de forma segura, em local adequado. Os mergulhadores guiam o equipamento, garantindo a efetividade da ação. Para evitar qualquer tipo de contaminação, usam uma vestimenta impermeável, hermeticamente fechada sobre um macacão térmico.
Na cabeça uma máscara full face e um capacete integralmente vedado, que completa a proteção. Nele estão acopladas uma câmera de vídeo, lanterna e microfone. Essa estrutura se comunica com a superfície através de um duto que assegura a livre respiração e permite resistir à pressão da água.
Toda a ação é acompanhada por um mergulhador supervisor, que de fora do reservatório, monitora o serviço e assiste em tempo real ao que está acontecendo embaixo d’água, garantindo a segurança da operação.
Essa comunicação permite a solicitação de alguma ferramenta ou de mais mangueira para ampliar a área de atuação. Para redobrar os cuidados, os mergulhadores contam ainda com a técnica de toque por meio de uma mangueira umbilical, caso a comunicação por voz falhe, o profissional faz contato movimentando esta mangueira.
A supervisora de Segurança do Trabalho, Thássia Sturzenker Azevedo, lembra que foi realizado um treinamento apresentando todas as orientações de segurança para a execução da atividade e elaboração das documentações obrigatórias para liberação do serviço.
“A empresa prestadora do serviço é qualificada para execução da atividade, respeita todas as normativas voltadas às atividades que envolvem mergulho e a todo momento da execução, a equipe de Segurança do Trabalho da Águas de Valadares acompanha a atividade, de perto”, destaca.